Comunicaciones orales

https://doi.org/10.37527/2021.71.S1

CO 069. SEXO FEMININO E VARIADOS FATORES MODIFICÁVEIS INFLUENCIAM NAS ALTERAÇÕES DOS COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA

Lucia de Fatima Campos Pedrosa1, Layne Christina Benedito Assis Lima1, Séphora Louyse Silva Aquino2, Aline Tuane Oliveira Cunha3, Severina Carla Vieira Cunha Lima1, Karine Cavalcanti Maurício Sena‑Evangelista1, Josivan Gomes Lima2.

1Programa de Pós-graduação em Nutrição/Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil, 2Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde/Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil, 3Secretaria de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil.



Histórico. A síndrome metabólica (SM) é caracterizada pela presença de três ou mais fatores de risco cardiovascular. Objetivo do estudo foi verificar associações entre as variáveis biodemográficas, nutricionais e de estilo de vida entre os as alterações nos componentes da SM.

Métodos. Estudo transversal desenvolvido com 224 indivíduos com SM atendidos no Ambulatório de Endocrinologia de Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), Natal, Brasil. Os critérios do National Cholesterol Education Program-Adult Treatment Panel III-NCEP (2002) foram utilizados para diagnosticar a SM. Avaliamos os componentes da SM (isolados) como variáveis dependentes, e as informações sobre sexo, dieta, estilo de vida, atividade física e horas de sono, como variáveis independentes.

Resultados. A idade média foi de 51(12) anos e 76,8% eram do sexo feminino. Foram identificados dezesseis fenótipos da SM, sendo a circunferência da cintura (CC) o componente mais frequente. Maiores frequências de CC (p=0,013) e glicemia (p<001) elevadas foram observadas nos indivíduos do sexo feminino, além de HDL-c baixo (p=0,008). O consumo de bebida alcóolica (1-4 doses/mês) foi associado com maiores frequências de pressão arterial elevada (p=0,028) e de HDL-c baixo (p=0,018). Os indivíduos irregularmente ativos apresentaram triglicerídeos elevados (p=0,003). Indivíduos tabagistas demonstraram maior risco de glicemia elevada (p=0,032). As horas de sono apresentaram mediana menor [7.0 (6.0-8.0)] nos indivíduos com pressão arterial elevada (p=0,002). Observouse menor ingestão diária de selênio (p=0,018) e maior de potássio, (p=0,037) nos indivíduos com HDL-c baixo. Por outro lado, maiores valores de ingestão de cobre (p=0,038), ferro (p=0,026) e potássio (p=0,015) foram observados nos indivíduos com glicemia elevada.

Conclusão. O sexo feminino apresentou maiores associações com as alterações nos componentes da SM. Outros fatores de risco modificáveis inerentes ao indivíduo e seu estilo de vida também promoveram alterações distintas. Estes achados contribuem para monitoramento da SM a partir da identificação dos fenótipos da doença.

Palavras-chave: síndrome metabólica, dieta, estilo de vida, horas de sono.