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https://doi.org/10.37527/2021.71.S1

PO 045. CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E ANTROPOMÉTRICAS ASSOCIADAS A ADULTOS E IDOSOS COM INSEGURANÇA ALIMENTAR. ESTUDO BRAZUCA NATAL, BRASIL

Mariana Bezerra1, Ana Gabriella Silva1, Maria Eugênia Fernandes1, Tatiana Oliveira1, Glenda Oliveira1, Natália Cabral2, Nila Pequeno1, Dirce Marchioni3, Severina Lima1, Clélia Lyra1.

1Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil, 2Instituto Federal Sertão Pernambucano, Petrolina, Brasil, 3Universidade de São Paulo., São Paulo, Brasil



Antecedentes e objetivo. Fatores socioeconômicos exercem forte influência nas escolhas e hábitos alimentares das pessoas e impactam diretamente a saúde e estilo de vida. Tais escolhas estão atreladas à insegurança alimentar e podem ocasionar mudanças no estado nutricional antropométrico dos indivíduos. O objetivo deste trabalho foi avaliar as condições socioeconômicas, o estado nutricional antropométrico e a presença de insegurança alimentar em 410 adultos e idosos, participantes do estudo Brazuca Natal.

Métodos. O estudo, transversal e de base populacional, foi realizado no município de Natal/RN, Brasil. A amostra foi obtida através de plano probabilístico por conglomerado em dois estágios (setores censitários e domicílios), no período de agosto de 2019 à março de 2020. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (Parecer nº 3.179.923). Aplicou-se um questionário contendo informações socioeconômicas e a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar – EBIA, utilizando a plataforma de coleta de dados Epicollect5. Além disso, foram realizadas medidas antropométricas de peso e altura para cálculo do Índice de Massa Corporal e classificação do estado nutricional antropométrico. Para a análise estatística foram utilizadas frequências simples, percentuais e o teste de associação do qui-quadrado de Pearson (p<0,05).

Resultados. A insegurança alimentar esteve presente em 42,1% (37,4% - 46,9%) dos entrevistados, sendo 26% leve, 9,2% moderada e 6,8% grave. A insegurança alimentar foi associada com sexo feminino (p=0,026); adulto (p=0,006); raça/cor não branca (p<0,001); não receber remuneração ou aposentadoria (p<0,001) e baixa escolaridade (p<0,001). Dos indivíduos em insegurança alimentar, 73,8% apresentaram excesso de peso (p=0,163).

Conclusão. A insegurança alimentar apresentou-se relacionada com condições referentes às desigualdades e iniquidades sociais. Entretanto, não se associou com o estado nutricional antropométrico.

Palavras chave: segurança alimentar. antropometria. fatores socioeconômicos. desigualdades. iniquidades.