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https://doi.org/10.37527/2021.71.S1

PO 132. PERFIL DO ESTADO NUTRICIONAL DE LACTANTES ATENDIDAS EM UM CENTRO DE ALEITAMENTO MATERNO, BRASIL

Lucíola Sant’anna De Castro1, Ana Carolina Lavio Rocha1, Barbara Tindeman Sartorio Camargo1, Michel Ross2, Mina Desai2, Kelly Pereira Coca1.

1Universidade Federal De São Paulo, São Paulo, Brazil, 2University of California Los Angeles, Los Angeles, United States of America



Antecedentes e objetivo. A adequada nutrição materna nos primeiros mil dias da criança é uma janela de oportunidades para diminuir a morbimortalidade infantil e melhorar o estado de saúde da mulher. Objetivo. Descrever o perfil do estado nutricional de mulheres lactantes.

Métodos. Estudo transversal realizado de fevereiro de 2020 a março de 2021, com lactantes atendidas no Ambulatório de Aleitamento Materno do Centro Ana Abrão, UNIFESP. Foram incluídas mulheres adultas com até 30 dias pósparto, gestação única e de termo. Foram coletados dados socioeconômicos, demográficos e antropométricos (peso e altura). Para a avaliação do estado nutricional calculou-se o Índice de Massa Corporal (IMC) e a classificação determinada pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil. O consumo alimentar foi investigado através do Formulário de Marcadores de Consumo Alimentar do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional proposto pelo MS. Na análise dos dados utilizou-se frequências relativas e teste exato de Fisher. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP sob nº 4.067.920

Resultados. Foram avaliadas 29 lactantes com média de idade de 32 anos (DP= 5,1), a maioria com ensino superior (72,4%), trabalhadora remunerada (82,8%) e todas com companheiro. Em relação à classificação econômica, 79,3% pertenciam à classe C e 20,7% à classe D/E. Quanto ao estado nutricional, 41,4% estava eutrófica, 41,4% com sobrepeso e 17,2% obesa. 94,1% das mulheres com excesso de peso tinham ensino superior (p= 0,003). Em relação ao tipo de aleitamento materno (AM) praticado, 72,4% estavam em AM exclusivo e 27,6% em AM misto. Em relação ao consumo alimentar, observou-se que 51,7% das mulheres consumiram feijão, 58,6% hortaliças e 72,4% frutas. Quanto ao consumo de alimentos ultraprocessados, 31% das mulheres consumiram embutidos, 51,7% bebida adoçada e 62,1% guloseima.

Conclusão. Identificou-se alta prevalência de excesso de peso e consumo insuficiente de alimentos in natura e minimamente processados, indicando a necessidade de orientação precoce e acompanhamento adequado para evitar danos futuros à saúde das mulheres lactantes.

Palavras chave: nutrição materna, estado nutricional, aleitamento materno, promoção da saúde.