Comunicaciones Orales

CO268. INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE OBESIDADE CENTRAL E RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO

Clarissa Demézio Da Silva1, Bruna Rúbia de Lima2, Lucíola de Castro Coelho2, Anita Sachs2, Leiko Asakura3.

1 Instituto de Ginecologia- Universidade Federal do Rio De Janeiro; 2 Departamento de Medicina Preventiva-Universidade Federal de São Paulo; 3 Faculdade de Nutrição-Universidade Federal de Alagoas.

INTRODUÇÃO: Os métodos antropométricos destacam-se como bons instrumentos para avaliação do excesso de gordura corporal e, na determinação da relação entre excesso de peso e risco cardiovascular. OBJETIVO: Verificar a diferença dos indicadores antropométricos de obesidade central em pacientes com baixo e elevado risco cardiovascular. MÉTODOS: Estudo transversal incluindo pacientes em triagem ambulatorial de nutrição, de ambos os sexos. O risco cardiovascular foi classificado segundo o escore de Framingham, e os pacientes foram divididos em 2 grupos: baixo risco e médio/ alto risco cardiovascular. Os indicadores antropométricos avaliados foram: circunferência da cintura (CC), índice de conicidade (Índice C) e razão cintura-estatura (RCEst). Para comparação entre os grupos foi utilizado o teste t de Student. Os dados foram descritos em média, desvio-padrão e frequências absolutas e relativas. Em todas as análises, adotou-se o nível de significância de p< 0,05. RESULTADOS: A amostra final foi composta por 188 pacientes, a maioria adultos (74,6%), do sexo feminino (74%), com idade média de 50,6 ± 12,5 anos. Nos homens, os valores médios da CC apresentaram-se elevados em ambos os grupos, mas não houve diferença entre baixo e médio/alto risco, respectivamente (106,42±15,57 cm vs 108,75±14,06cm, p=0,692). O mesmo ocorreu com a RCEst (0,60±0,07 vs 0,64±0,08, p=0,288) e o IC (1,32±0,06 vs 1,36±0,07, p=0,145). Nas mulheres, não houve diferença quanto a CC (102,44±16,55 cm vs 102,01±13,01 cm, p=0,874) e RCEst (0,63±0,09 vs 0,65±0,08, p=0,260), nos grupos baixo e médio/alto risco respectivamente. Em relação ao IC, houve diferença entre os grupos, sendo esse mais alto no médio/alto risco (1,30±0,09 vs 1,33±0,07, p=0,023) CONCLUSÃO: As mulheres do grupo médio/ alto risco apresentaram o IC mais elevado. O IC destaca-se como um bom discriminador do risco cardiovascular nessa população. Unitermos: indicadores antropométricos, risco cardiovascular