Póster

PO206. ADOLESCÊNCA E GANHO DE PESO GESTACIONAL

Nádia Delfina Fixe Da Silva1, Yasmin Pereira de Souza Leite1, Alden Dos Santos Neves1, Elton Bicalho De Souza1, Margareth Lopes Galvao Saron1, Aline Cristina Teixeira Mallet1, Cyntia Ferreira de Oliveira1

1 Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA, Volta Redonda, Rio de Janeiro, Brazil.

A adolescência (10 a 19 anos) é um período de transição que se caracteriza por mudanças físicas, psíquicas e sociais marcantes, com rápido crescimento no tamanho do corpo. Ao engravidar nesse período as adolescentes precisam manter estoques de nutrientes adequados para suprir as suas necessidades e as do feto. Por isso, o ganho de peso durante a gestação (GPG) deve ser adequado. O objetivo do trabalho foi verificar, em gestantes adolescentes atendidas em duas Unidades Básicas de Saúde do Município de Volta Redonda- RJ, a adequação do GPG. O IMC (Kg/m2) e o GPG das gestantes (n=16; 14 a 18 anos) foi calculado. Dados de hemoglobina (Hb), hematócrito (Hct) e glicose (mg/dL) sanguíneos no primeiro trimestre foram obtidos. O IMC médio das gestantes foi de 21.1 ± 3.0 Kg/m², sendo que a maioria (56%) era eutrófica, 38% estavam com baixo peso e apenas uma estava com sobrepeso. Nenhuma gestante estava diabética, no entanto, em torno de 25% estavam anêmicas (Hb < 11.5 g/dL e/ou Hct < 34%). O GPG médio foi de 11.3 ± 5.5 Kg (6.4 a 19.3) e apenas uma gestante apresentou GPG adequado quando comparado ao estado nutricional inicial, sendo que entre as outras, 27% ganharam peso em excesso e 73% ganharam peso insuficiente. Não houve correlação entre o GPG e o IMC-PPG (r= -0,27; p= 0.3) ou com o PPG (r= -0,15; p=0.6). Nossos resultados sugerem que o GPG em adolescentes é insuficiente e independe do PPG, reforçando a necessidade de um adequado acompanhamento nutricional nesse grupo, evitando assim possíveis complicações negativas para a gestante e para o bebê.