Póster

PO252. QUALIDADE PROTEICA DA SEMENTE E FARINHA DE CHIA (Salvia hispanica L.) CRUA E TRATADA TERMICAMENTE

Bárbara Pereira Silva1, Hércia Stampini Duarte Martino1, Ceres Mattos Della Lucia1, Maria Eliza de Castro Moreira1, Helena Maria Pinheiro Sant’Ana1

1 Universidade Federal de Viçosa, Brazil.

A chia (Salvia Hispanica L.) vem sendo consumida pela população mundial devido ao seu alto valor nutricional e propriedades funcionais. Objetivou-se avaliar a qualidade proteica da semente e farinha de chia crua e tratada termicamente. Foram utilizados 36 ratos machos Wistar, divididos em 5 grupos, os quais receberam uma dieta controle (caseína) e quatro dietas testes (semente de chia crua, semente de chia tratada termicamente, farinha de chia crua e farinha de chia tratada termicamente). O tratamento térmico foi aplicado na semente e farinha (20 minutos; 90ºC) em estufa. Foram avaliados o coeficiente de eficiência alimentar (CEA), coeficiente de eficácia proteica (PER), razão proteica líquida (NPR) e a digestibilidade. Foram determinados parâmetros bioquímicos, ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) das fezes extraídas do ceco e a capacidade antioxidante total do plasma (CAT). Para análise dos dados foi realizada ANOVA, seguida do teste de Dunnett e Duncan (α =5%). O CEA do grupo controle foi superior ao dos demais grupos. O PER foi inferior no grupo alimentado com semente de chia quando comparado aos demais grupos experimentais, enquanto que o valor de NPR não diferiu entre os animais alimentados com as dietas testes. O grupo alimentado com a caseína apresentou melhor digestibilidade que os grupos alimentados com chia. Os animais que consumiram as dietas testes apresentaram concentrações de glicose, triacilglicerídeos, VLDL e LDL inferiores aos animais do grupo controle. Os valores de HDL nos grupos testes foram superiores ao grupo controle. Em relação à CAT e a produção de AGCC, observou-se que ambos não diferiram entre os grupos experimentais. A chia apresentou boa digestibilidade, PER e NPR, proporcionando bom crescimento e manutenção do peso dos animais. O processamento não melhorou a qualidade proteica da chia. Os animais tratados com chia apresentaram ação hipoglicemiante e hipolidêmica com melhora no perfil de HDL.