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https://doi.org/10.37527/2021.71.S1

PO 126. RELAÇÃO ENTRE COMPORTAMENTO ALIMENTAR E ESTRESSE PERCEBIDO EM PRATICANTES DE EXERCÍCIO FÍSICO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Marcela Larissa Costa1, Maycon George Oliveira Costa2, Matheus Bezerra Santos1, Márcia Ferreira Cândido de Souza1, Raquel Simões Mendes-Netto1.

1Universidade Federal De Sergipe, São Cristóvão, Brazil, 2Universidade Tiradentes, Aracaju, Brazil.



Antecedentes e objetivo. O exercício físico atua como protetor da saúde mental reduzindo os níveis de estresse e atenuando comportamentos de alimentação emocional. Durante a pandemia, a necessidade de distanciamento social ocasionou uma redução no nível de atividade física e aumento nos sintomas de estresse da população. O objetivo é comparar o comportamento alimentar e equivalente metabólico (MET) entre os níveis de estresse percebido durante a pandemia.

Métodos. O estresse percebido foi analisado com a pergunta. “Você notou diferença no seu nível de estresse durante o período de isolamento social?”, com respostas em escala do tipo Likert. O Three Factor Eating Questionnaire (TFEQ-R21) foi utilizado para avaliar o comportamento alimentar. Para o cálculo do gasto calórico dos exercícios foi utilizada a fórmula. MET do exercício x peso (kg)/60 * tempo do exercício em minutos. As comparações foram executadas pelo teste de Mann-Whitney e o nível de significância adotado foi p<0,05. Trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe sob o parecer nº 4.380.553.

Resultados. Foram avaliados 272 indivíduos, sendo 64,5% do sexo feminino com mediana de idade de 30 anos e 68,1% da amostra classificada como menor estresse na pandemia. Houve diferença significativa entre as pontuações do descontrole alimentar, alimentação emocional e MET, quando comparados os níveis de estresse na pandemia. No descontrole alimentar os mais estressados obtiveram mediana de 37,02 e os menos estressados mediana de 25,93 pontos, U=6213,50; p<0,05. A alimentação emocional obteve mediana de 33,33 pontos nos mais estressados e mediana de 22,22 pontos nos menos estressados, U=6298,00; p<0,05. O MET apresentou diferença significativa entre os mais estressados (md= 340,35) e menos estressados (md=473,57), U=6474,59; p<0,05. A dimensão de restrição cognitiva não apresentou diferença entre os grupos.

Conclusão. Indivíduos menos estressados apresentam maiores valores de MET. Além disso, indivíduos mais estressados apresentam pontuações maiores para descontrole alimentar e alimentação emocional.

Palavras chave: COVID-19, estresse psicológico, comportamento alimentar, exercício físico