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https://doi.org/10.37527/2021.71.S1

PO 144. RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES EM JOVENS UNIVERSITÁRIAS ANGOLANAS

Juliana Masami Morimoto1, Ana Carolina Paternez1, Julia Bendia2, Daniel Neves2, Maria Eduarda Rehder1, Maria Giulia Agnello1, Andrea Almeida1.

1Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, Brazil, 2Instituto Superior Politécnico Evangélico do Lubango, Lubango, Angola.



Antecedentes e objetivo. Angola está situada na parte ocidental da África, na zona Austral. O continente africano tem sido assolado por sucessivas secas, conflitos armados, instabilidade política, pobreza, fome, desemprego e epidemias, entre outras causas igualmente destruidoras. As opções políticas de promoção da segurança alimentar inserem-se no campo das medidas de combate à fome e pobreza, tendo em vista o desenvolvimento do país. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença e a prevalência do risco de transtornos alimentares em universitárias angolanas.

Métodos. Foi um estudo transversal, com jovens do sexo feminino, de uma instituição de ensino superior de Angola. Por meio de formulário eletrônico, foram aplicadas as auto-escalas BITE (Teste de Investigação Bulímica de Edinburgh), EAT-26 (Teste de Atitudes Alimentares), Teste de Imagem Corporal, Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) e Questionário para diagnóstico de origem neuromediada da perda de consciência temporária. Os dados foram tabulados no programa Microsoft Excel e analisados no Programa SPSS versão 21.

Resultados. Como resultado, obteve-se uma amostra final de 24 estudantes universitárias todas do sexo feminino. A média do IMC foi de 23,00 kg/m² de 22 estudantes (2 sem os dados), sendo 58,33% com eutrofia, 8,33% com magreza grau 2 e 4,17% com magreza grau 1. Entre as estudantes, 41,7% apresentaram insegurança alimentar leve. Sobre a auto-escala EAT-26, 16,7% apresentaram risco de desenvolvimento de transtornos alimentares. Para o diagnóstico de perda de consciência temporária, 29,17% apresentaram síncope neuromediada. Resultado para escala BITE geral foi considerado alto, com 8,33%, pois as taxas adequadas variam de 1 a 1,5%. Aponta-se a presença de comportamento alimentar compulsivo em 37,5% das estudantes. Associações entre IMC e as escalas não tiverem resultados estatisticamente significativos.

Conclusões. Este estudo mostra uma prevalência baixa para possíveis transtornos alimentares na amostra estudada, porém a prevalência de desmaios foi significativa e merece atenção, sendo necessários mais estudos sobre o assunto.