Comunicaciones - Pósters

https://doi.org/10.37527/2023.73.S1

P180/S3-P53 A AMAMENTAÇÃO COMO FATOR DE PROTEÇÃO ÀS DISLIPIDEMIAS

Ms. Pedro Antônio Souza de Almeida1, Sra. Kéllyda Cinnara da Silva Moura1, Sra. Ana Maria Abreu de Oliveira1, Srta. Letícia Batista de Azevedo, Srta. Roberta de Oliveira1, Dra. Maria Del Carmen Bisi Molina1, Sra Haysla Martins Xavier1

1Universidade Federal Do Espírito Santo, Vitória, Brazil.



Introdução: A amamentação é comprovadamente benéfica para a saúde da criança, tanto a curto quanto a longo prazo. Quando comparadas, a alimentação por fórmula tem benefícios semelhantes à amamentação, porém esta vem sendo associada à redução de taxas de hipertensão, resistência à insulina e síndrome metabólica em estágios mais avançados da vida. Os níveis de colesterol na corrente sanguínea são preditores de doenças cardiovasculares, é desejado que os níveis de colesterol total (CT) estejam abaixo de 150 mg/dL e LDL-Colesterol abaixo de 100 mg/dL. Mesmo parecendo controverso, o leite materno possui maior quantidade de colesterol quando comparado às fórmulas, o que aparenta regular a produção de colesterol endógena através de feedback negativo na produção hepática da hidroximetilglutaril coenzima A. Objetivo: Verificar a influência da amamentação nos níveis de colesterol em estágios mais avançados da infância. Métodos: Os dados provêm da primeira onda de um ensaio comunitário com crianças de 7 a 10 anos, realizado em quatro municípios situados na região metropolitana do Espírito Santo: Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica. A coleta dos dados bioquímicos foi realizada nas unidades de saúde de referência dos participantes e as informações sobre amamentação foram obtidas por questionário aplicado no responsável pela criança. A amostra final foi composta por 290 crianças. Resultados: O grupo que não foi amamentado obteve médias de CT de 204,21 mg/dL e LDL de 115,8, sendo ambos valores acima da referência, de acordo com a V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Já para o grupo que foi amamentado, foi vista uma média de CT de 140,36 mg/ dL e 93,62 de LDL. Houve diferença estatística nos parâmetros apresentados quando comparados os grupos amamentados e alimentados por fórmula (p=0,001). Conclusão: As crianças que não foram amamentadas apresentaram valores de CT e LDL acima do recomendado, colaborando com os achados da literatura acerca dos benefícios exclusivos da amamentação na saúde, sendo um fator protetor a diversas comorbidades a serem desenvolvidas no futuro.

Palavras chave: dislipidemia, amamentação, saúde da criança.