Comunicaciones - Pósters

https://doi.org/10.37527/2023.73.S1

P226/S4-P36 EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL E AGRICULTURA FAMILIAR URBANA: O INCENTIVO A CADEIAS CURTAS DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E A PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL NAS PRÁTICAS DE SAÚDE

Sr. Bernardo Teixeira Cury1, Sra. Elizabeth Feffermann1, Sra. Amanda Beatriz Almeida Severo1, Sra. Bianca de Melo Guedes1, Sra. Lívia de Campos Martins1, Dra. Maria Paula De Albuquerque1

1Centro De Recuperação E Educação Nutricional, São Paulo, Brazil.



Introdução: Para confrontar a Sindemia Global (desnutrição, obesidade e mudanças climáticas é necessário rever os sistemas alimentares. Na emergência sanitária de COVID-19, as condições de vida se deterioraram e a insegurança alimentar entre famílias brasileiras aumentou. As condições de mánutrição também se referem à qualidade dos alimentos consumidos com aumento da aquisição de produtos ultraprocessados e redução dos alimentos in natura. Diante deste cenário, o CREN - Centro de Recuperação e Educação Nutricional, organização sem fins lucrativos que atua no cuidado alimentar e nutricional de crianças e adolescentes em São Paulo (Brasil), propôs o Projeto Cultivando Horizontes. Objetivo Favorecer práticas de educação alimentar e nutricional (EAN) que incentivem cadeias curtas de produção e a produção sustentável dos alimentos. Método Levantamento de potenciais agricultores para estabelecimento de parcerias, selecionados por: localização no território, logística de entrega e modo de produção de alimentos. Estabeleceuse a compra programada dos alimentos considerando a sazonalidade, visitas ao terreno do agricultor e a realização de oficinas. Os alimentos adquiridos foram organizados em cestas e entregues às famílias assistidas concomitantemente a intervenção específica de EAN envolvendo apresentação dos alimentos, forma de consumo, etc. Resultado: Durante os três anos de projeto, foram envolvidos seis agricultores da agricultura familiar urbana, com a produção de 13.000 cestas com itens variados, 168 oficinas, 6 visitas ao terreno do agricultor e o envolvimento de cerca de 2.000 famílias beneficiadas. O vínculo com o agricultor desdobrou-se em dois novos projetos: horta da CREN e a transição de toda aquisição de vegetais da creche do CREN do agricultor convencional para a agricultura familiar urbana, prática esta que serve de modelo para o município de São Paulo. Conclusão: reconhecimento de território e estabelecimento de pontes entre agricultores familiares e famílias atendidas em serviço de saúde e educação favoreceram o planejamento e realização de práticas de EAN como a compra de alimentos, oficinas de plantio e preparo, visitas à hortas e entrega de cestas de alimentos, incentivando cadeias curtas de produção e aquisição sustentável de alimentos.

Palavras chave: educação alimentar e nutricional, sistemas alimentares sustentáveis, saúde infanto-juvenil