Comunicaciones orales

https://doi.org/10.37527/2023.73.S1

O4 HÁBITOS E ESTILO DE VIDA ASSOCIADOS AO CONSUMO DE CARBOIDRATOS EM PARTICIPANTES DO ELSA-BRASIL

Srta. Letícia Batista de Azevedo1, Dr. Oscar Geovanny Enriquez-Martinez1, Sra. Kéllyda Cinnara da Silva Moura1, Srta. Yazareni José Mercadante Urquía1, Sra. Carla Moronari de Oliveira Aprelini1, Dra. Maria Del Carmen Bisi Molina1

1Universidade Federal Do Espírito Santo, Vitória, Brazil.



Introdução: carboidratos são responsáveis por fornecer 50% ou mais da energia diária proveniente da dieta entre a maioria das populações no mundo. Lacunas no conhecimento são debatidas entre as quantidades ingeridas e sua associação nos desfechos em saúde. Objetivo: Analisar os hábitos e estilo de vida dependentes do consumo de carboidratos em participantes da linha de base do estudo longitudinal de saúde do adulto Elsa-brasil. Método: Foram analisados dados da linha de base do estudo ELSA-Brasil (2008-2010), um estudo de coorte multicêntrico objetivando o estudo das doenças crônicas, incluiu funcionários de ambos os sexos de seis instituições brasileiras de ensino superior e pesquisa com idades entre 35 e 74 anos. Para nossa analise foram analisados 11284 participantes. Resultados: A média de consumo de carboidratos foi de 339,6±105,5 g/dia. As maiores medias foram no sexo feminino (376,7±112,3) com idade entre 35-74 anos (346,7±106,4), raça/cor preta (363,2±108,5), ensino fundamental completo (371,2±111,0), autopercepção de saúde muito ruim (354,7±114,1) presença de diabetes mellitus (341,6±102,9) e hipertensão arterial (342,8±106,2). Quanto as variáveis de saúde e hábitos de vida, o maior consumo foi associado a ser ex-fumante (341,2±106,6), uso de medicamentos hipoglicemiantes (338,4±100,8), consumo diário de fast foods (394,7±102,8), verduras (337,1±107,9) e frutas (343,7±104,0), ser ex-usuário de bebidas alcoólicas (354,6±109,3), bebedores binge (356,7±112,6) e prática de atividade física forte (372,9±127,8). O menor consumo foi encontrado à mudança de hábitos de vida (336,6±104,7) e realização de dieta para perda de peso (334,7±106,6) nos últimos 6 meses, bem como uso de suplemento vitamínico (325,0±101,6) e polimineral (329,9±100,9). Conclusão: Menores médias de consumo de carboidratos foram observadas em participantes que modificaram os hábitos de vida, enquanto maiores médias de consumo foram observadas naqueles com doenças crônicas não transmissíveis, podendo destacarse paradoxalmente os participantes com diabetes mellitus pois a restrição no teor de carboidratos da dieta é um dos principais pilares no tratamento não farmacológico deste agravo.

Palavra-chave: hábitos de vida, doenças crônicas não transmissíveis, saúde do adulto, carboidratos.