Comunicaciones - Pósters

https://doi.org/10.37527/2023.73.S1

P331/S6-P10 CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS PELA POPULAÇÃO BRASILEIRA COM DOENÇA RENAL CRÔNICA

Larissa Morais Franco1, Nathalia Rabello Silva1, Pámella Arrais Vilela1, Letícia Cristina Machado de Sousa1, Bianca Uliana Picolo, Dra. Luciana Saraiva Da Silva1

1Universidade Federal De Uberlândia, Uberlândia, Brazil.



Introdução: A doença renal crônica (DRC) é um importante problema de saúde pública, com crescente prevalência em todo o mundo. O consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) é um dos fatores de risco para a incidência e progressão da DRC. Os AUP são produtos industrializados, com adição de açúcar, sal, gorduras não saudáveis e aditivos alimentares, que podem desencadear diversos problemas de saúde. Objetivo: Identificar a prevalência de consumo de AUP pela população brasileira com e sem DRC. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2019. Foram abordadas questões relacionadas à informações socioeconômicas, demográficas, condições de saúde e estilo de vida, incluindo o consumo de dez AUP. Foi calculado para cada indivíduo um escore de consumo de AUP que correspondeu à somatória de respostas positivas para as questões sobre o consumo de cada um dos AUP, podendo variar entre zero e dez. O projeto da PNS foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde (parecer nº 3.529.376). Resultados: Foram avaliados 90846 indivíduos. Referente às características sociodemográficas, a maioria dos participantes do estudo era do sexo feminino, com idade entre 30 e 44 anos, com baixa escolaridade e da cor branca ou parda. A prevalência de DRC foi de 1,5%. Ao se comparar a frequência de consumo de AUP entre indivíduos com e sem DRC, observou-se diferença significativa no consumo de refrigerante e margarina, sendo o maior consumo pelos indivíduos que não possuíam DRC. Entre os participantes com DRC, os AUP mais consumidos foram margarina, pão de forma e refrigerante. A maioria dos participantes do estudo consumiu de um a três AUP no dia anterior à pesquisa, sendo que somente 16,5% não consumiram nenhum AUP no dia anterior à pesquisa (19% sem DRC e 14% com DRC). Conclusões: O consumo dos AUP pela população brasileira (com e sem DRC) foi expressiva. Portanto, há a necessidade de aumentar a conscientização sobre os perigos dos AUP, principalmente para pacientes com DRC.

Palavras chave: alimentos ultraprocessados, doença renal crônica.